
A Esfinge esconde um segredo que
devemos desvendar com muita astúcia e inteligência. Conhecemos pessoas que são
verdadeiras esfinges, mas as pedras ocultam muitos segredos que cativam os
demais. Qual a chave para decifrá-los?
Aceite entrar neste mundo das
charadas...
Pois a mais popular esfinge
brasileira é a Pedra da Gávea, localizada no Rio de Janeiro, na Baía de
Guanabara. No alto de uma montanha granítica, está um ser, cujo corpo bovino
ostenta uma colossal cabeça humana. Alguns acreditam que seja uma formação
natural, outros acham que é obra de seres humanos em tempo remoto.
No século passado encontrou-se
nas paredes da montanha uma série de riscos que alguns estudiosos interpretaram
como uma antiga inscrição. Alguns atribuiram-na aos fenícios, povos navegantes
do Mediterrâneo, que acidentalmente chegaram às costas do Brasil antes que Pedro
Álvares Cabral.
Segundo o Prof. Henrique José de
Souza, fundador do Movimento eubiótico, esta esfinge foi realmente esculpida
pelos fenícios e retrata a figura de um touro alado coroado, que foi construída
a mando de um rei fenício que viveu no ano de 800 a.C., cujos filhos primogênios
eram gêmeos.
Mas há quem diga, que as
inscrições fenícias vistas na Pedra da Gávea, não passam de fantasia delirante e
é uma tentativa de tradução das nervuras da pedra.

Uma lenda indígena diz que o
gigante da Pedra da Guanabara foi, em priscas eras, um índio que assassinou uma
jovem índia. Como castigo, Nhanderú o transformou em pedra e o obrigou a vigiar
a Baía. Alguns pescadores afirmam que, às vezes, levanta-se e vai passear. Para
tal empreendimento, chama as nuvens e cobre os morros para ninguém notar a sua
ausência.
Outras lendas falam que no seu
interior está a tumba de um grande soberano indígena, cercado de ricos
pertences. O cacique teria sido enterrado junto com seus súditos mais próximos,
sacrificados ritualmente.
Pesquisas compulsadas, sugerem
que as inscrições da Pedra da Gávea é uma das muitas e enigmáticas inscrições
rupestres, litogrifos em linguagem erudita ou itacotiara, em língua indígena e a
própria pedra sugere realmente uma esfinge apresentando o corpo de um boi, asas
que levantam os flancos e a cabeça de um homem primitivo com um barrete alto e
que é ao mesmo tempo um templo.
Os tamaios chamavam a Pedra da
Gávea de "Metaracanga", que significa "cabeça coroada". Nas suas cercanias ou no
topo muitas pessoas já sumiram de forma misteriosa. Também luzes estranhas,
semelhantes ao fenômeno da "Mãe de fogo", até hoje são vistas neste local e
observados há muito tempo, pelos moradores das casas localizadas nos flancos da
montanha. Dizem que todos aqueles que tentam desvendar seus mistérios são
vítimas de alguma maldição: a esfinge esconde muito bem os seus segredos.

As diversas questões referentes a
enigmas que perturbam a humanidade, são um lembrete de que a verdadeira história
ainda está por ser descoberta. Até que novos segredos sejam revelados, a luta
para decifrar o passado do Novo Mundo, certamente continuará a ser um campo
fértil para confrontos intelectuais.
Nós não sabemos, porém, elas sim.
As pedras sabem,
E o recordam.
A escritura do passado
Encontra-se em seus lábios selados
E quem sabe um dia
tudo nos será revelado.
Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO



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